Rodoviária
Eterpel recupera saúde financeira e otimiza prédio pela metade
Depois da crise financeira causada pela pandemia, há um ano o Terminal Rodoviário não depende do aporte de recursos da Prefeitura
Foto: Jô Folha - DP - Em média, são vendidas 2,1 mil passagens por dia
Por Cíntia Piegas
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Depois de dois anos de crise, a Empresa Municipal do Terminal Rodoviário de Pelotas (Eterpel) recuperou em 70% a movimentação em relação ao início de 2020. Com dinheiro em caixa, a administração trabalha agora na otimização do espaço e nas exigências do Corpo de Bombeiros para liberar o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI). Entre as medidas está a desocupação do primeiro andar do prédio.
Mergulhada em uma crise financeira por causa da Covid-19, que impulsionou a redução em 75% nas vendas de passagens em abril de 2020, e acumulou um prejuízo de R$ 2,54 milhões em dois anos, a administração do local agora respira aliviada. Na época, para manter em dia a folha de pagamento que chegava a mais de R$ 185,1 mil, a Prefeitura de Pelotas precisou que a Câmara de Vereadores aprovasse o repasse de um aporte de mais de R$ 555 mil. Foram quatro repasses, dois em 2020 e dois em 2021, totalizando mais de 1,8 milhão, sendo o último em dezembro do ano passado.
O trabalho de economia de gastos já era uma constante na administração desde 2017, em função da queda de passageiros e foi preciso economizar pelo menos R$ 108 mil mensais, segundo informou o diretor-administrativo, Jorge Vasquez. “Quando chegou a pandemia, tivemos que reduzir o que já tinha sido reduzido. Em março de 2020, por exemplo, eram vendidas três mil passagens por dia. No final do mês houve uma queda de 42% e em abril, chegou a 75%. Ou seja, nesse período nós tínhamos somente 25% de arrecadação”, explicou. Atualmente, a média está em 2,1 mil por dia.
Foi nesse período de pouca movimentação que modificações na estrutura começaram a ganhar forma. Uma delas foi a desativação do segundo piso, iniciada em função do coronavírus. De acordo com o diretor-presidente, Cláudio Montanelli, primeiro foram transferidos os guichês e dois caixas eletrônicos para o primeiro andar. Depois fechou uma das rampas de acesso. “A outra está recebendo melhorias no piso, pois a manteremos em respeito ao Centro Comercial. Além disso, estamos aumentando a altura das grades em função do PPCI que está em andamento”, justificou o presidente. Já a estrutura em caracol, de acesso ao primeiro piso, também restou uma em operação, como a largura reduzida, corrimão e faixa de atritos no piso.
A concentração das atividades no primeiro andar garantiu uma nova dinâmica na circulação das pessoas no local. Foi inaugurado um espaço de espera, com televisão, que fica no mesmo corredor dos guichês de compra e recebimento e entrega de embalagens com mercadorias. A poucos metros, o passageiro já está nos boxes. “Instalamos ainda um painel que permite, em tempo real, informar as linhas para os municípios, os horários de saída, o box e o trajeto do ônibus”, contou Montanelli. A proposta é agilizar o momento da compra do bilhete.
Nessa onda de adaptações, o quadro de funcionários também foi ajustado, sendo que atualmente são 45 servidores públicos e 11 terceirizados. Esse total resulta em uma folha de pagamento mensal de R$ 194.201,50, maior de quando foi solicitado o primeiro aporte, em maio de 2020, quando o total de funcionário era de 54 e a folha, de R$ 185.109,75. Já o total de despesas mensais não foi informado. A Eterpel, juntamente com a Rodoviária de Novo Hamburgo são as únicas públicas no Estado. Conforme informações da assessoria de Comunicação da Prefeitura, o assunto privatização não está em pauta.
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